sexta-feira, 20 de maio de 2011

Meu relato do parto

O relato do parto foi inscrito há tempos, dois dias depois que ele nasceu. Não sei porque, praticamente nunca compartilhei. Mandei como encorajamento para uma materna que iria parir e para o Rô. Agora, sei lá porque me deu vontade de publicar. Lá vai.

RELATO DO PARTO DO OTTO





Hoje, dois dias depois, o que mais me emociona é concluir: a intensidade - minha do Rô e do Otto -, durante o longo trabalho de parto, resultou na formação da nossa família.


O carinho, a dedicação, a confiança e o amor do Rô foram fundamentais nessas mais de trinta horas. Ele foi um guerreiro e tanto. Me lembro que a Ana Cris falava nas reuniões no Gama que beijo de marido na boca funciona como anestésico nas horas de desespero. Posso garantir que é muito mais do que isso.


Agora sei o que é o tal amor incondicional. Naquele momento tive essa experiência de totalidade com os dois (Rodrigo e Otto). Nossa, é uma intensidade de amor. Claro, com muita dor.


Para mim, na real. O parto foi ainda mais longo. Começou na quinta-feira. Enfim, foi montado o guarda-roupa do quarto do Otto. Era o que, na minha cabeça, faltava para deixar a casa nova pronta para a chegada do meu filhote. Ele já podia nascer. Tava tudo certo. Todas as outras pendências já tinham sido resolvidas. A lista foi grande. Teve a bendita carência do plano de saúde (dia 26/02). Só teria reembolso do parto se ele nascesse depois dessa data. Também tinha a casa, um detalhe que falta para o tão esperado parto domiciliar. A reforma já dura 12 longos meses. Na semana do carnaval, conseguimos mudar. Tudo certo. O Otto é um cara muito bacana. Esperou gentilmente, a gente vencer todas as nossas neuras.


Voltando na quinta. Tivemos consulta com a Catia. Eu, mãe e Rô. Lá, falamos agora está tudo certo, ele já pode nascer. Tinha certeza que a hora estava próxima, ele não precisa esperar até dia 09, data prevista. O Rô falava com segurança que seria no final de semana.


Mãe, para entrar no clima parto humanizado, foi na reunião do Gama, conheceu a Ana Cris e a Catia. A Natália, a doula, mãe já tinha conhecida na quarta-feira, quando ela veio aqui em casa.


Cheguei da reunião do Gama, em torno de 23h, mas no pique de arrumar as coisinhas do Otto no guarda-roupa novo. Dormi bem. Acordei, em dúvida, se iria trabalhar ou não. Não fui. De manhã, ainda trabalhei de casa, algumas ligações e e-mails. No final da manhã, fui no banheiro e escorreu uma água na minha calcinha, mas nada de cachoeira. Fiquei na dúvida se era xixi. Mãe olhou e achou que não era. Resolvi esperar. Fui fazer uma massagem.






Pronto. Escorreu até o pé. Liguei para Ana Cris. Ela falou se não escorreu de cachoeira, vida normal. Pronto. Segui. À noite, o Rô fez um churrasco de legumes com bastante pimenta. Cardápio perfeito. Estava ansiosa para entrar em trabalho de parto. A pimenta, dizem, ajuda. Os pais dele estavam aqui. Pronto, mais água escorrendo pelas pernas, mas nada de contrações. Antes de dormir, fui no banheiro e vejo que deixei uma gosma com sangue na privada. Liguei para Ana Cris de novo. O tampão estava soltando. “É um sinal que você irá entrar em trabalho de parto em breve“, me animou a Ana Cris. Fomos dormir com muito amor.


COMEÇA O TRABALHO DE PARTO






Ás 3h da manhã, aviso o Rô que estava sentindo a primeira contração. Até então, tinha receio de não reconhecer o que seria uma contração. Mas na hora dei risada, me lembrando da Natália e de mãe falando que eu iria saber com certeza. Dito e feito. Voltamos a dormir, acordo entre uma e outra, mas bem espaçadas.


5h, acordo e as contrações mais próximas, 15 e 15 minutos, mas irregulares. Ficamos na cama. Namoramos muito gostoso. Um amor. Uma plenitude. Só queria o Rô perto de mim. A Lúcia, a faxineira, chegou não queria que ele ficasse em casa. Mas ela está no clima total e bem emocionada. Senti mais força ainda. Ela falou que só iria embora quando o Otto chegasse. Acabei me emocionando.


A cada contração, eu ficava de quatro e acha bem interessante que a dor diminuía quando ficava nessa posição. As 7h ligamos para a Natália, que falou para a gente aproveitar para descansar. O Rô que conversou com ela.


Mas ficamos bem juntos e apaixonados o dia todo. No final da tarde, fomos dar uma bela caminhada. Uma delícia. Na hora da contração, a gente agachava de mãos dadas e depois seguia. Vimos as casas do bairro como se fosse a primeira vez. Voltamos e lanchamos. Eu pensava nos cachorros. O Rô anotava as contrações que continuavam irregulares. Brinquei com mãe. “Ah, isso que é dor do parto?” Ela falou: “vamos conversar mais tarde.....”. Até então, eu tava achando tudo uma curtição.


Eu já estava achando um pouco mais intenso. A Natália veio para ver a gente. Sugeriu tomar um banho e descansar mais. Lembrou que se entrasse no trabalho intenso iria precisar de energia. Nessa hora, eu já estava entediada de não entrar em trabalho de parto. O mau humor e o medo começam a dar sinais. Falei com ela que estava com medo das contrações continuarem irregulares. Nem mesmo queria tomar banho porque tinha medo da água quente atrasar ainda mais o processo. Ela falou que era bobagem porque não tinha motivo nenhum para acelerar nada, porque não tinha nada atrasado. Estava tudo certo. Detalhe: Eu tinha passado o dia inteiro com contrações, namorado, caminhado e não queria tomar banho. Imagina, o estado. Então, resolvi trocar os lençóis da cama e tomar um banho.


Pronto, sai do banho com as contrações bem mais intensas.... Nossa, entrei na partolândia, que felicidade. A água teve um efeito contrário no meu corpo. Acelerou as contrações. Rapidinho quis ir para a banheira, (que é linda).


Fiquei lá. A cada contração ficava de quatro dentro da banheira e balançava o quadril, nossa que efeito bom. A Natália chegou de volta. Aí comecei a sentir a tal dor na lombar que ouvi falar direto sobre ela. Porque até então, as minhas contrações eram mais doloridas na frente. Ela e o Rô faziam massagem na lombar e jogavam mais água quente. Tudo ia bem. Claro, bem dolorido, mas controlável.


A Natália fez exame de toque. Avisou para a Ana Cris que estava com cinco a seis de dilatação, mas que o Otto já estava bem baixo, já sentia a cabeça dele. “Nossa nunca vi um bebe tão baixo nesse estágio”, falou. Pensei, que bom, vou ter um parto rápido. Nessa hora, eu não queria que o Rô saísse mais de perto de mim, mas também reclamava dele. A Natália depois me contou umas histórias engraçadas.






Não sei quantas horas passei na banheira, mas foi toda a fase latente. A equipe maravilhosa, perfeita e tudo de bom, não me tirou nem para fazer exame de toque. A Ana Cris e a Catia faziam algumas acrobacias e me examinaram lá mesmo. Não sei quando a Ana Cris chegou, mas fez exame e estava com sete para oito de dilatação. Nessa hora, estava bem louca já.


Falava um monte de merda. Do tipo, não, não, não. Não vou agüentar... A Ana Cris falou para eu trocar as palavras e falar venha, venha, venha e lembrar que cada contração, era o Otto mais perto de mim. Me lembrou que eu não podia confundir o corpo com as palavras.


Lembro que a Natália ria porque no final de uma contração forte eu falava: UFA. Ela brincou isso vai para o relato de parto. A Ana Cris falou Ufa é bom.


A Ana Cris me ensinou a respirar para ajudar a contração passar. A Natália e o Rô respiravam comigo, o que foi fundamental. Eles me lembravam que quando chegava o pico da contração ela já estava acabando. Assim, a gente seguia. Sentia uma onda elétrica passando pelo meu corpo. Começa devagar na barriga, seguia abaixando e ficava intensa passando por toda a vagina até as minhas costas. O Rô falava a cada minuto que eu estava linda. Falava isso no meu ouvido. Eu me emocionava... Falava que estava muito linda.






Agora não sobrava mais tempo para respirar as contrações ficavam uma atrás da outra. Falei com a Ana Cris que estava difícil não ficar desesperada, ela falou um pouco de desespero não tem problema.


Comecei a dar pitis. A Catia me falou que estava na fase mais difícil, mas estava perto da dilatação total, com nove de dilatação. Quando entrasse no expulsivo, essa situação iria mudar. Nossa fiquei sonhando em chegar o expulsivo.


A conversa da Catia, Ana Cris e Ana Paula na cozinha começou a irritar. Não agüentava o barulho. Pedi o Rô para fechar a porta. O barulho do chuveiro era enlouquecedor. Por isso, era preciso esquentar a água no fogão.


A Ana Cris perguntou se não estava com vontade de fazer força. Pior que não. Veio uma contração e fiz força, sem ter vontade. Foi horrível, doeu ainda mais. Fiquei desesperada. Tive medo da dor. Nessa hora, me desconectei com a dor. A Ana Cris falava em se render a dor, aceitação e tudo mais. Mas essas palavras, tão fortes antes, não faziam mais sentido para mim.


As frases do Rô continuavam me acalmando. Ele falava tá linda, tá perfeito. A Ana Cris também me animava falando que eu não podia estar fazendo melhor. Que estava tudo perfeito. E eu estava me sentindo um lixo de não estar mais firme. Pedi a Ana Cris para fazer alguma coisa. Ela falava: querida, vai passar.


Reclamava da temperatura da água e tudo mais. Me lembro que quando chegava água quente, me confortava um pouco.


Mas não teve jeito me desesperei. Pedi já chorando para a Ana Cris fazer alguma coisa. Elas sugeriram sair da água. Começamos a longa saga do expulsivo. Não tinha mais lugar bom e as contratações fortes para o expulsivo não apareciam. A Ana Cris, com as suas mãos seguras, me carregava pela casa. Detalhe, eu fica agachada.


A Catia me ensinou fazer força, mas não consegui. Fazia força na boca e em tudo quando é lugar menos onde precisa. Aqui uma cena engraçada. Ela me falou que é a mesma força para fazer coco. Então, para não me desconcentrar gritava cantando: vou fazer coco, cocozinho, vem coco, aí coco. A Ana Cris falava : vc não vai fazer coco. E eu explicava para ela que isso era a minha técnica apenas de concentração na força. Para não me esquecer como devia fazer a força.






E o Otto já estava baixo. Mas nada acontecia. Eu colocava a mão e sentia a cabeça dele. Sentia sono, muito dor e fraqueza. Acha que iria desmaiar. Estava ficando mal. Nessa hora a Ana Cris falou que precisava falar comigo. “O seu filho esta aí, mas você precisa fazer força para ele sair. Tem mulher que não precisa, porque tem contrações fortes, mas você precisa apenas fazer força para ele nascer. Ele esta pronto para nascer”


Pronto, aceitei voltar para a banqueta de cócoras que tinha achado horrível. Mas nada de fazer força direito. A Ana Cris com sua fortaleza de parteira, dançou comigo, me levou para o chuveiro, fez agachamento e tudo mais comigo. A força da Ana Cris durante o trabalho de parto é uma coisa impressionante. É um tom acima do racional e das técnicas. É uma força acima desse mundinho.


Pronto o parto parou. Fiquei como medo. Perguntei para a Catia se eu não conseguisse o que aconteceria: ela falou: vc vai conseguir. Mas nada. Madrugada rendeu.... Dormi em pé, no chuveiro, na cama, na banqueda. Nos intervalos das contrações, simplesmente dormia.


Depois de uma chuveirada chorando com a Ana Cris me acalmando perguntei para ela o que iria acontecer, ela falou: vai para o hospital tomar oxitocina na veia. Fiquei em pânico.


Continuamos várias posições e tentativas e nada. O Rô, ali firme do meu lado. Confiante. Tão homem e tão lindo. A Ana Cris mandou parar tudo e todo mundo dormir um pouco para descansar. Deitei na cama com o Rô. Mas as contrações vieram mais fortes um pouco. A Ana Cris falou para respirar e deixar a contração passar.


Mas nessa hora , comecei a sentir vontade de fazer força. Testei. Vi que a contração era bem diferente das outras. Essa tinha o tal empuxo. Fiquei fazendo de quatro com o Rô. A Ana Cris entrou no quarto e falou que era melhor descansar. Deitamos então. Mas quando vinha a contração, eu fazia força. Fiquei nessa. Quando a Ana Cris entrava para me olhar, eu parava. Parecia criança. A Ana Cris colocou todo mundo para dormir.


Numa dessas entradas, ela falou que tinha que me perguntar uma coisa: “Você precisa saber do que esta com medo. Da dor? De ser mãe? O que está te travando? Você não precisa me falar, mas precisa identificar e se livrar disso”. Eu não sabia. Mas chorei muito. Essas palavras acionaram alguma coisa em mim e desabei.


Depois, vomitei. O chato do caqui,que eu não queria comer e eles insistiram para eu comer. Eu tinha pedido, isso muito antes, o Rô um suco. Ele trouxe um caqui, porque eu precisava de açúcar. Ufa, estava começando a me sentir mais livre. Depois a Catia entrou e me falou, você está com medo? Eu chorei muito. Ainda escuto a voz dela: chora Kênia, chora mesmo, deixa limpar. E eu chorei. A Catia me dava umas bolinhas de homeopatia que se espalharam pela casa. Umas ficavam na boca, outras voavam.






Dormimos, todo mundo. Depois de sei lá quanto tempo, a AC veio e me examinou. Ela falou ele baixou mais. Voltou e foi categórica. Vamos fazer o Otto nascer. Te prepare. Vou chamar todo mundo para fazer uma concentração.


Nesse meio tempo, o Rô me propôs tomar o chá do Daime. Topei, para surpresa dele, sem vacilar. Ele conseguiu com uma amiga. Só precisa de alguém para buscar. A Ana Paula pediatra que tinha comentado com ele sobre partos com Daime bem legais se prontificou para ir buscar. Diante do comentário, o Rô teve a ideia de arrumar o chá. E sei lá como, ele arrumou.






O primeiro relato que ouvi de parto domiciliar foi com Daime. A mulher de um amigo, o Marcelo. Eles já tinham um parto hospitalar e falavam maravilhados das diferenças. Foi aí, bem antes de pensar em engravidar, que decidi que teria um parto domiciliar. A história me marcou e me emocionou.


Durante a gravidez, já estávamos ouvindo os hinários. O Marcelo tinha me enviado um sobre a força da criação. Nos comandos da pick up, estava a pediatra Ana Paula. Desistimos da saída para buscar o daime. A Ana Cris propôs uma manobra antes do chá. Foi bem bonito.


Nessa hora, eu já tinha certeza novamente que iria conseguir receber o Otto do jeito que queria e da melhor forma para ele e para a gente. O medo tinha ido embora. Fiquei dependura no Rô e a Catia e a Ana Cris apertaram o meu quadril. Ficamos nessa.


Depois fiquei agachada com o Rô me apoiando ( depois vendo o vídeo descobri que estava da banqueta de novo, não imaginei que podia ter conseguido sentar nela novamente. Só o vídeo para me convencer). Nas primeiras tentativas, eu me senti muito incomodada na mágica banqueta da Ana Cris.


O Rô respirava comigo e me ajuda a coordenar a força durante as contrações. Sentia ele comigo. Sentia que iríamos parir juntos. A Catia e a Ana Cris falavam: tá ótimo, isso mesmo. Vamos lá. Essa foi muito boa. Quando perdi uma contração, a Ana Cris falava: tudo bem, essa foi curtinha, agora não vamos desperdiçar a próxima que será longa.


A Ana Cris me ensinou a cheirar oxitocina, falei com ela que era igual a cheirar loló. Ela não sabia o que era. Mas o Rô deu muita risada. Pronto, vamos lá. Coloquei o dedo e senti a cabeça do Otto. Nossa, que força que me deu.


Depois ele abaixou mais. A AC colocou o espelho para me mostrar. Vi que ele estava lá. Tava tudo certo. Em algum momento, bateu de novo um medinho, porque vi que entre as contrações ele subia um pouco. A Catia explicou que é assim mesmo. Sobe e desce mais. Então, vamos lá.


O Rô ficava com a mão firme na minha barriga e respirando comigo. Perdi o ritmo, sentia ele junto e retomava. Sabia que não estava sozinha, a força do Rô entrava no meu corpo pela barriga e pelo nariz. Eu sentia a força dele dentro de mim, chamando pelo nosso filho.


Nessa hora, me sentia mesmo chapada. Não ouvi direito, parecia um filme. Fiz força. A Catia falou: agora vem, sem medo, que se dane a dor, o seu filho esta chegando. Sentia a queimação. Elas falaram é o círculo de fogo. Achei tudo lindo. Pronto. Pensei nisso, que se dane tudo. E vi que a cabeça esta mais perto. Me assustei quando senti que a cabeça saiu , pensei que iria ainda fazer muita força. Pronto, mais uma e senti ele deslizando. E pronto, já senti o Otto, meu bebezinho, melado nos meus braços. Caramba. Que coisa linda. Que estado de graça. O Rô, eu e ele ficamos encaixadinho sem falar coisa com coisa. Eu virei para olhar o Rô, que estava com os olhos fixos nele. A gente se olhou forte nos olhos. O olhar do Otto era intenso. Ele me deixou até constrangida. Não sabia o que fazer com aquele serzinho me olhando tão profundamente. Eu senti os pezinhos dele me chutar, pensava que era outra contração. Senti os pezinhos dele várias vezes intensamente durante o trabalho de parto.


Vi que ele tinha um tufão na cabeça ( praticamente duas cabeças). Assim, que olhei para aquilo a Ana Paula falou: isso some em duas horas. As avós entraram no quarto. Queria mostrar ele para mãe. Mãe voltou, mostrei meu filhinho lindo. Nossa que coisinha no meu colo. Pegava nele no Rô. Não sabia o que fazer, a não ser olhar para ele. Depois, demos o peito, que não deu em nada. No meu colo, chegava fraldas saídas literalmente do forno para aquecer ele. A toquinha azul não serviu direito hahhah


Foi uma curtição, ver a Ana Paula pesando ele naquelas fraldas. Depois colocar a roupa, que faltou a fralda. Ele voltou para o meu colo, com o Rô do lado. O Avô entrou para ver.


Rapidinho a placenta nasceu. E foi todo mundo. Ficou, eu o Rô e ele. Que sonho. Depois comida de mãe e nos quatro (mãe também) apagamos num sono de puro amor. Ah, ele nasceu com a cabecinha meio de lado e com a mãozinha no rosto. Tipo, tava ficando cansado de tanto esperar.


A vizinha acompanhou o trabalho de parto e conta que se emocionou quando ouviu o choro dele. Ela também ficou preocupada quando o trabalho de parto travou..


Os pais do Rô ficaram na varanda... quase furando o chão, mas seguraram bem a onda. Mãe não deitou, ficou direto na função.






Acordamos ainda em estado de graça e assim seguimos.















Um comentário: